Dive descarta surto de meningite
Depois de circular pelas redes sociais da região boatos de um surto de meningite citando o município de Chapecó a Vigilância Epidemiológica emitiu na quarta-feira (06) uma nota de esclarecimento sobre os casos registrados, sendo que os mesmos não caracterizam um surto da doença.
“O setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do município de Chapecó informa que todos os casos de meningite registrados até o momento não apresentam vínculo epidemiológico entre si e, portanto, não caracterizam surto da doença.
Em 2017, até o dia 05 de setembro foram confirmados 16 casos de meningite em geral, sendo sete casos virais, oito bacterianas e até então foram dois óbitos por meningocóccemia confirmado em diagnóstico clínico e laboratorial.
Em relação ao óbito confirmado no município, foram realizadas todas as medidas preconizadas pelo guia de Vigilância Epidemiológica, bem como o controle de possíveis contatos e suspeita de casos novos. Esclarecemos que a Secretaria de Saúde de Chapecó está em permanente vigilância juntamente com o estado e todas as medidas de bloqueio e controle estão e continuarão sendo adotadas.
Segundo informações da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina até um momento foi confirmada uma morte no Litoral Norte na semana passada. Em Chapecó foi confirmada a morte de um homem no final de agosto pela meningite C, uma das formas mais graves da doença, contabilizando o segundo caso do ano em Chapecó.
Segundo a Dive em Santa Catarina totalizam 42 casos confirmados e sete óbitos pela meningocócica. As mortes foram em Itajaí, Palhoça, Florianópolis, Nagevantes e Chapecó.
A diretoria informou que não existe surto da doença já que os casos não tem relação entre si, nem mesmo houve registro de aumento do números de casos em relação a 2016.No estado foram registrados ate o dia 25 de Agosto 552 casos confirmados de meningite em geral com 39 óbitos. Dos casos 64 foram da meningocócica, pneumocócica e meningite por Haemophilus.
Em 2016 foram registrados 727 casos com 65 mortes.
Segundo a Dive, a doença requer notificação obrigatória, qualquer registro em hospitais, consultórios e laboratórios devem ser informados e registrados.
De 11 a 22 de setembro ocorre a Campanha Nacional da Multivacinação com objetivo de atualizar a carteira da vacinação para crianças e adolescentes, onde serão oferecidos 16 tipos de vacinas como, as de prevenção contra as formas de meningite bacteriana Meningo C, Haemophilus B e Pneumocócica. Neste ano o dia D de Vacinação será no dia 16 de setembro com horários especial nas unidades públicas de saúde em todo o estado que estarão abertas das 08h00 as 17h00.
A meningite é um processo inflamatório das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, as meninges. Pode ser causado por bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou, ainda, por processos não infecciosos. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor ou rigidez de nuca e vômitos frequentes. A recomendação é procurar uma unidade de saúde próxima, o mais rápido possível. Em alguns casos de meningite bacteriana, pessoas que convivem com o paciente também precisam ser tratadas com antibióticos.
A partir deste ano, a vacina contra a meningite C, que até então era aplicada apenas em crianças de até um ano, passou a ser ofertada para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020. A rede pública de saúde oferece vacina contra as formas mais graves de meningite.
* Ambientes bem ventilados ensolarados;
* Evitar locais fechados com pouca ventilação;
* Lavar as mãos com água e sabão regularmente;
* Higiene com utensílios domésticos e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Fonte: Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina / Setor de Vigilância Epidemiológica de Chapecó