Setor cerâmico: multinacional anuncia demissões e desativação de linhas de produção em SC

A Dexco, multinacional do setor cerâmico, comunicou a demissão de funcionários da Portinari, unidade de Criciúma, e da Ceusa, de Urussanga, ambas no Sul de Santa Catarina. A medida provocará a suspensão de duas linhas de produção que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e Região, pode provocar até 150 demissões.

Em nota, a Dexco afirma que as ações são provocadas pela “baixa demanda do mercado”. A medida também afetará o início da operação de uma nova linha na unidade de Botucatu, no interior de São Paulo.

“Como é natural neste tipo de situação, serão necessários ajustes na força de trabalho e, consequentemente, alguns desligamentos. Os colaboradores desligados contarão com um plano de apoio que inclui a concepção adicional de alguns benefícios (pagos a título de indenização, juntamente com as verbas rescisórias)”, promete a empresa.

A Dexco garante que a ação não terá impacto no recebimento de produtos e que as demais linhas de produção se mantêm operando normalmente.
O anúncio da Dexco foi recebido com surpresa por Itaci de Sá, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas de Criciúma e Região. Ele sustenta que aguardava lideranças da empresa para uma reunião na esperança de debater o acordo coletivo.

“Fomos surpreendidos que a empresa reduziria o quadro de funcionários, paralisando duas linhas de produção, uma em Criciúma e outra em Urussanga, que fica só uma. Criciúma, no passado, já teve oito, agora estava funcionando com quatro e a partir de amanhã fica três”, explicou em entrevista ao programa João Paulo Messer, da rádio Eldorado.

Na nota, a Dexco não quantificou o número de trabalhadores que serão demitidos. O líder sindical afirma que foi informado que serão cerca de 90 em Criciúma, na Portinari, e outros 30 em Urussanga, na Ceusa. “Geralmente tem sido mais. Acreditamos que de 120 pode ir até 150. Embora eles não tenham afirmado isso, pensamos assim. É uma pena, são postos de trabalho, são rendas, são pais de família que deixam de ganhar o seu pão”, lamenta.

O sindicato afirma que já possui tratativas para direcionar estes trabalhadores para outras indústrias ceramistas da região interessadas em absorver a mão de obra.

ndmais.com.br

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