Na manhã desta terça-feira (17/06), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) juntamente a Polícia Civil do Estado de Santa Catarina (PCSC), deflagraram a Operação Override, em apoio à 7ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville. Na operação foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na cidade de Joinville/SC, em investigação que teve como objetivo combater fraudes eletrônicas efetuadas contra uma das gigantes plataformas de ecommerce.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Combates a Estelionatos de Joinville juntamente com a equipe do CyberGAECO e os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Vara Regional de Garantias da Comarca de Joinville, que acolheu o requerimento apresentado para obtenção das medidas cautelares cumpridas neste dia e que compreendem ainda a indisponibilidade de bens e o bloqueio de contas bancárias dos envolvidos.
Durante a investigação foi constatado que os investigados invadiam contas nesta plataforma digital, responsável pela venda e entregas de mercadorias de empresas parceiras, e alteravam o valor dos produtos anunciados para muito abaixo dos praticados no mercado. Após as modificações e a partir de contas falsas criadas nesta mesma plataforma, realizavam a compra destes produtos, em grandes quantidades, os quais eram entregues ainda no mesmo dia.
Na maioria dos casos os produtos tiveram seu valor reduzido em mais de 90%, causando um prejuízo para a plataforma de ecommerce em mais de um milhão de reais.
Operação Override
No contexto de tecnologia da informação o termo ¿Override¿ refere-se à ação de sobrescrever, alterar ou burlar configurações originais em um sistema, substituindo dados, métodos ou configurações previamente definidos.
Na presente investigação, o termo designa a conduta dos investigados que deliberadamente manipulavam os valores reais de produtos, em uma plataforma de ecommerce, modificando os preços originais para valores bem abaixo dos praticados. Após a alteração, adquiriam os produtos modificados, lesando a empresa vendedora, caracterizando assim à fraude eletrônica.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC.