Reflita!

 

 

Todos os anos os pais do Vítor levavam-no para a avó, para passar as férias de verão, e voltavam para casa no mesmo trem no dia seguinte.

Um dia o Vítor disse aos pais:

′′Já estou crescido.

Posso ir sozinho para casa da minha avó?”

Depois de uma breve discussão, os pais aceitaram.

Despedem-se do seu filho, dando-lhe algumas dicas pela janela, enquanto o filho dizia:

′′Eu sei…eu sei, já me disseram isso mais de mil vezes”.

O trem está prestes a partir e o Pai “murmurou” aos ouvidos:

′′Filho, se te sentires mal ou inseguro, isto é para ti!”… e colocou-lhe algo no bolso.

Agora o Vítor está sozinho, sentado no trem como queria, sem os pais pela primeira vez.

Admira a paisagem pela janela,

Ao seu redor, alguns desconhecidos se empurram, fazem muito barulho, entram e saem do vagão…

O supervisor faz alguns comentários sobre o fato do garoto estar sozinho.

Uma pessoa olhou para ele com olhos de tristeza.

Vítor começa a sentir-se mal a cada minuto que passa e começa a sentir medo.

Baixa a cabeça; sente-se encurralado e sozinho, com as lágrimas a escorrem pelos olhos.

Então lembra-se que o Pai lhe colocou algo no bolso.

Ao encontrar o pedaço de papel leu-o, onde estava escrito:

′′Filho, estou no último vagão!”

Assim é a vida:

Devemos deixar os nossos filhos voar, ir embora, confiar neles, mas sempre estaremos

no último vagão, aguardando, caso tenham medo ou encontrem obstáculos que não saibam ultrapassar sem saber o que fazer.

Temos que estar perto, enquanto ainda estivermos vivos.

Um filho precisará sempre dos Pais!

 

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