Vicente Corrêa Costa, de Capivari de Baixo, deixa prefeitura. Operação Mensageiro apura a suspeita de um esquema criminoso no setor de coleta e destinação de lixo no estado.
Por Joana Caldas e Rachel Schneider, g1 SC e NSC TV
Vicente Corrêa Costa (PL), prefeito de Capivari de Baixo, município do Sul de Santa Catarina, renunciou ao cargo. Ele foi preso na Operação Mensageiro e enviou na segunda-feira (17) a carta de renúncia à Câmara de Vereadores.
A Operação Mensageiro apura um esquema criminoso no setor de coleta e destinação de lixo no estado. No total, 16 prefeitos de Santa Catarina chegaram a ser presos.
Por meio da carta de renúncia enviada à Câmara, o agora ex-prefeito declarou o cargo vago no município. No documento, Vicente Correa Costa fala sobre os anos que esteve à frente da prefeitura e que atualmente se sente “uma figura fantasmagórica assombrando os legisladores e o paço municipal”.
Logo depois pede o reconhecimento legal da renúncia ao cargo. De acordo com a defesa de Costa, a decisão da renúncia partiu do próprio ex-prefeito, por acreditar que trará segurança jurídica e administrativa ao município.
Costa foi preso em fevereiro, na 2ª fase da Operação Mensageiro e em abril virou réu na investigação. Na Câmara de Vereadores, já tramitava um processo de impeachment, que estava fase final e deve ser cancelado.
Como a renúncia foi feita dentro do processo de investigação, Vicente pode ficar inelegível por oito anos, de acordo com as regras da Lei da Ficha Limpa.
A vice-prefeita, Márcia Cargnin (PP) deve assumir o cargo definitivamente. Ela estava na função de maneira interina desde fevereiro, quando Costa foi preso.
Deflagrada em 6 de dezembro de 2022, a Operação Mensageiro já teve quatro fases. Na primeira, quatro prefeitos foram presos, um deles durante uma viagem oficial em Brasília.
Na segunda etapa, em 2 de fevereiro, dois prefeitos também foram detidos. Na terceira fase, o prefeito de Tubarão foi detido junto com o vice. Na quarta etapa, foram presos oito prefeitos.
A investigação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) começou há um ano e meio, após denúncias, acompanhamento de entregas de dinheiro e rastreamento de celulares.
G1 SANTA CATARINA