A Páscoa deste ano será celebrada no próximo domingo (20), quando muitos brasileiros irão abrir seus deliciosos ovos de chocolate. Contudo, não se engane: assim como a bebida “sabor café” que não é café, também tem sido comercializado o ovo de Páscoa “sabor chocolate” que não é de chocolate.
Para que um produto seja considerado chocolate, ele deve ter pelo menos 25% de sólidos de cacau em sua composição, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Além disso, as gorduras vegetais não podem passar de 5% do total do produto.
“Temos visto ovos de Páscoa deste tipo, inclusive com embalagens semelhantes a marcas conhecidas, com uma concentração muito alta de açúcar e gordura vegetal. Ainda que esteja escrito, não fica tão claro que sabor chocolate é diferente de chocolate”, alerta a delegada Michele Alves, diretora do Procon SC.
Para ofertar seus produtos a preços muito mais baixos do que a concorrência, alguns produtores substituem a manteiga de cacau por ingredientes alternativos, como óleo de palma ou de soja.
Para conseguir identificar o ovo de Páscoa “sabor chocolate” é preciso ficar atento ao rótulo, sobretudo em relação à “gordura vegetal”. O ovo “falso” também leva cacau em pó. Vale lembrar que os rótulos devem indicar nos primeiros lugares os ingredientes mais predominantes na composição.
Produto não é ilegal
Apesar da possibilidade de enganar o consumidor, sobretudo com a disposição nas gôndolas de supermercados, o ovo de Páscoa “sabor chocolate” está em conformidade com o Código de Proteção do Consumidor (CDC): não há uma “propaganda enganosa”, por exemplo.