Morador furtado deve registrar boletim de ocorrência para não ser acionado para custear reposição
Por Redação Oeste Mais
A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) divulgou nesta quarta-feira, dia 24, um levantamento dos prejuízos causados por furtos de hidrômetros desde o início do ano. Segundo a Casan, o valor é superior a R$ 210 mil em 2023, com 720 equipamentos já violados. A substituição de um hidrômetro custa R$ 293,44.
De janeiro a abril, por exemplo, o município de São José contabiliza 237 hidrômetros furtados por conta do cobre da carcaça do aparelho. A região mais afetada foi nos bairros Barreiros e Serraria. Nas violações, o ladrão fecha o registro ou quebra a tubulação, deixando a água vazar.
Os ataques a hidrômetros foram registrados também em Criciúma (322), Florianópolis (100) e Biguaçu (55). O morador furtado só não é acionado pela Casan para cobrir o custo da reposição do equipamento na fatura de água caso faça o boletim de ocorrência e tenha o abrigo padrão no muro junto ao passeio.
No caso de São José, a Casan recorreu à Delegacia Regional, que acionou uma equipe de investigadores para fazer diligências em empresas de compras de sucatas na região. Após a ação da Polícia Civil, os números dos furtos caíram drasticamente. Dos 237 casos, 83 hidrômetros (1/3) foram cobrados em fatura, pois eram casos sem boletim de ocorrência, hidrômetros fora do abrigo padrão ou na parte interna do lote sem acesso ao serviço de medição.
A Casan informa que um cavalete simples sem hidrômetro pode desperdiçar até 3 mil litros de água por hora. “A Casan faz um apelo à população que denuncie caso verifique esse tipo de furto ocorrendo em sua rua ou bairro. É só ligar no 0800 6430 195. Não é justo que a população pague pela desonestidade dos outros. É um crime que precisamos, enquanto sociedade, enfrentar”, diz Laudelino Bastos, diretor-presidente da Casan.
