Inflação tem queda de agosto para setembro e fica em 0,13%, aponta prévia

A inflação teve queda de 0,06 ponto percentual em setembro em relação à taxa registrada em agosto  (0,19%). Conforme a prévia, o mês ficou em 0,13%. O que registrou maior variação, segundo dado do IBGE, foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), com 0,50%. Já o maior impacto veio do grupo Habitação, com 0,08 ponto percentual. As demais variações ficaram entre o recuo de 0,08% de Transportes e o aumento de 0,32% em Saúde e Cuidados Pessoais.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta no mês. Alimentação e bebidas (0,05% e 0,01 p.p.), grupo que tem o maior peso no índice, registrou aumento de preços após dois meses de queda. Contribuíram para o resultado as quedas da cebola (-21,88%), da batata-inglesa (-13,45%) e do tomate (-10,70%). No lado das altas, o mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%) se destacam.

O grupo Despesas Pessoais (-0,04%) e Transportes (-0,08%) apresentaram queda. Neste último, com impacto de -0,02 p.p., o resultado foi influenciado pela gasolina (-0,66% e -0,03 p.p.). Em relação aos demais combustíveis (-0,64%), o etanol (-1,22%) também houve recuo, enquanto o gás veicular (2,94%) e o óleo diesel (0,18%) apresentaram altas. As passagens aéreas registraram aumento nos preços (4,51% e 0,03 p.p).

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de referência entre 15 de agosto a 13 de setembro. Depois, são comparados com aqueles vigentes de 16 de julho a 14 de agosto. O indicador se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange onze localidades: as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além das cidades de Brasília e Goiânia.

Na análise regional, quatro áreas de abrangência do IPCA-15 tiveram queda em setembro. A menor variação foi em Recife (-0,37%), com influência das quedas nos preços da gasolina (-4,51%) e da cebola (-31,80%). Fortaleza, Belém e Goiânia também registraram recuo. A maior variação foi em Salvador (0,35%), impactada pelas altas da gasolina (2,17%) e do gás de botijão (3,04%).

Reajustes tarifários

Em Habitação, o principal impacto veio da energia elétrica residencial, que passou de -0,42% em agosto para 0,84% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1 a partir de 1º de setembro. Além disso, houve reajustes com redução de 2,75% em Belém (-2,52%), a partir de 7 de agosto; e reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias de Porto Alegre (2,81%), a partir de 19 de agosto.

Ainda em Habitação, destaque para a alta da taxa de água e esgoto (0,38%) após reajustes tarifários de redução média de 0,61% em São Paulo (-0,15%), a partir de 23 de julho; de 5,81% em Salvador (3,02%), a partir de 1º de agosto; e de 8,05% em Fortaleza (5,23%), a partir de 5 de agosto.

Outro destaque é o resultado do subitem gás encanado (0,19%), após reajuste de 2,77% no Rio de Janeiro (1,43%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba (-2,01%), também a partir de 1° de agosto.

Teve alta nos preços a alimentação fora do domicílio (0,22%), porém com desaceleração em relação ao mês de agosto (0,49%), em virtude das altas menos intensas do lanche (de 0,76% em agosto para 0,20% em setembro) e da refeição (0,37% em agosto para 0,22% em setembro).

Acumulados

O IPCA-E, indicador para o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 0,62%, acima da taxa de 0,56% registrada em igual período de 2023. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%.

No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,35%.

FONTE: NSC

 

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