Assembleia Estadual da Educação acontecerá em Florianópolis, no dia 17, às 14 horas
Na próxima quinta (17/8), a Educação Pública catarinense vai parar. Insatisfeitos com o descaso do Governo do Estado, os trabalhadores da rede estadual de Santa Catarina promoverão uma assembleia estadual, em Florianópolis, que vai definir o rumo do movimento no segundo semestre.
“A categoria está bastante insatisfeita com o Governo do Estado, que durante todo o ano vem prometendo apresentar uma proposta, mas já se passaram oito meses desde que [o governador] Jorginho [Mello] assumiu e, até agora, não sinalizou nada para a Educação. Nem a mesa de negociação surtiu efeito”, explica o coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte/SC), Evandro Accadrolli.
O vale-alimentação dos trabalhadores da Educação é o mais baixo do serviço público catarinense e está congelado desde 2011, são apenas R$ 12 por dia de trabalho.
O piso nacional teve um reajuste de 14,95% e os trabalhadores de Santa Catarina não receberam nenhuma correção. Permanecendo desde 2011 com uma carreira achatada, o que faz com que SC figure entre os únicos estados do Brasil, ao lado do Sergipe, que não valorize os professores com formação de especialização, mestrado e doutorado.
O concurso público há anos não realizado pelo governo do estado e as poucas chamadas dos aprovados, faz com que SC tenha em seu quadro do magistério, cerca de 70% da categoria em atividade é formada por trabalhadores admitidos em caráter temporário (ACTs).
Além disso, a categoria tem cobrado a revogação do desconto dos 14% iniciados após a reforma da previdência.
“Estão saindo caravanas das 30 regionais do estado, confirmados um grande número que ultrapassará 5 mil trabalhadores. Nesta quinta estaremos todos juntos na capital, pra dar um rumo pro movimento. Sem uma resposta do governo, é bem provável que os trabalhadores da educação aprovem greve, nessa assembleia”, ressalta Evandro.
Fonte: Sinte SC