Parlamentares de SC são vítimas de golpe em companhias aéreas; ministros também foram alvos

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou na quarta-feira (31) uma operação para investigar o esquema de hackers que invadiu programas de milhagem e fraudou a emissão de passagens áreas. Parlamentares de Santa Catarina estão entre as vítimas do golpe.

De acordo com as autoridades, o grupo de hackers fez ao menos 700 vítimas no país. A polícia informou que cerca de 20 deputados federais e alguns ministros foram alvo da fraude.

O líder da associação cibercriminosa foi preso no Mato Grosso do Sul e levado a Brasília na quarta-feira. A polícia civil ainda apreendeu computadores, que serão periciados para identificar outras vítimas e suspeitos envolvidos no esquema.

O delegado responsável confirmou ao programa Cidade Alerta, da NDTV Record SC, que parlamentares catarinenses caíram no golpe, mas não revelou quem são nem quantos seriam porque a investigação segue em sigilo.

Segundo o Cidade Alerta, os suspeitos invadiram contas de agências de turismo e programas de milhagem. Parlamentares e ministros foram visados porque, como viajam com frequência a trabalho, acumulam alta pontuação de milhas.

Os golpistas emitiam de forma ilegal “passagens de desistência”, uma tipo de bilhete que precisa ser usado até três dias após a emissão, para passar despercebido pelas companhias aéreas.

Os compradores pagavam os hackers por Pix, que recebiam em contas de laranjas. A polícia disse que as passagens eram vendidas por cerca de 30% do valor do mercado e que o prejuízo para as companhias aéreas é de R$ 10 milhões.

“A ação criminosa causou prejuízos significativos às empresas aéreas e a centenas de vítimas, entre elas parlamentares, empresários e cidadãos comuns que viram suas milhas subtraídas de suas contas” informou a Polícia Civil do Distrito Federal.

A investigação ainda aponta para a utilização de cartões de crédito falsificados, adquiridos na Deep Web, e a suspeita de que parte das passagens era destinada a pessoas ligadas ao narcotráfico e lavagem de dinheiro.

Os suspeitos responderão pelos crimes de associação criminosa, invasão de dispositivos informáticos, falsidade ideológica, furto qualificado pela fraude cibernética, estelionato mediante fraude eletrônica e lavagem de capitais, cuja pena pode chegar a 39 anos de prisão.

ND+

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