A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quarta-feira (17/7) a Operação Falsa Moléstia, que apura a utilização de laudos médicos falsos perante a Receita Federal para subsidiar isenção de Imposto sobre a Renda de Pessoas Físicas a servidores públicos estaduais.
Durante a ação, policiais federais cumpriram mandado de busca e apreensão, bem como as ordens judiciais de proibição de se ausentar do país e da necessidade de entrega do passaporte na Justiça Federal, no prazo de cinco dias. As medidas foram expedidas pela 11ª Vara Federal de Porto Alegre.
A investigação apurou 287 contribuintes, titulares de aproximadamente 1.219 declarações de imposto sobre a renda de pessoas físicas, que pleitearam indevidamente restituições que somam mais de R$ 20 milhões, considerando os exercícios de 2018 a 2022.
Entenda o caso
A investigação teve início com registros de ocorrências de diversos contribuintes que, após receberem notificação da Receita Federal de que os laudos médicos apresentados para obter a isenção de imposto de renda eram falsos, relataram a contratação de um serviço de consultoria tributária através de um mesmo técnico-contábil, que se identificava falsamente também como advogado.
O suspeito utilizava laudos médicos falsos perante a Receita Federal, em que eram atestadas moléstias inexistentes nesses contribuintes. A falsidade dos documentos foi reconhecida tanto pelas juntas médicas oficiais como pelos médicos-peritos indicados como assinantes desses laudos.
Os delitos investigados, até o presente momento, são de crimes contra a ordem tributária, uso de documento falso e falsa identidade.
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul